quarta-feira, 19 de agosto de 2015

FESTA DE NOSSA SENHORA DAS DORES 2015

CONVITE A VIVER A FESTA DE N.S. DAS DORES 2015

“Guarda a Palavra, guarda no coração,
 que ela entre em tua alma e penetre os sentimentos,
busca noite e dia a luz do amor de Deus.
Se guardares a Palavra, ela te guardará” [Ir Mirian Kolling].

Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo, estamos vivendo mais uma vez o belíssimo tempo das festividades de nossa Padroeira. Mais uma vez venho aqui lhe convidar a encher o coração de alegria para celebrarmos a presença de Nossa Senhora das Dores na vida de nossa comunidade.
Mais uma vez, Deus na sua infinita bondade nos reúne em seu amor. Com o grande intuito de celebrarmos e revivermos o dom da nossa fé, através das novenas, das caminhadas às comunidades, das celebrações eucarísticas e especialmente da vivência em comunidade.
Esse ano nossa festa deseja fazer um convite especial a todos os batizados e batizadas, o convite a uma Igreja em saída, uma Igreja que deseja sair da sacristia e ir ao encontro dos mais necessitados. O tema a ser refletido será “Uma Igreja em saída, uma Igreja comprometida”. O lema, tirado da última expressão do evangelho de São Lucas, capítulo 10, tão bem conhecido pelo povo como a parábola do Bom Samaritano: “Vai e faze tu a mesma coisa” (Lc 10,37). 
Essa temática está muito presente na Palavra de Deus. Quando paramos um pouco e meditamos a vida de Jesus nos evangelhos, sempre se apresenta a necessidade do cuidado de uns para com os outros na vida comunitária. Pegando como exemplo o capítulo 18 do Evangelho de Mateus, Jesus pede a comunidade que esteja sempre atenta aos mais necessitados, citando nesse capítulo várias instruções para a vivência comunitária. O tema central é atenção devida aos pequenos, necessitados, ofensores, extraviados.
Nessa mesma passagem entra um outro tema fundamental na vida dos seguidores do Cristo. Se por qualquer coisa um membro dessa comunidade se extraviou, a comunidade deve esforçar-se para recuperá-lo. A comparação da ovelha perdida, será sempre uma meta no olhar do discípulo e discípula de hoje.  
A citação que escolhemos esse ano para as nossas festividades é uma pérola do ensinamento de Jesus. Mostrando assim o grande pedido de tornar-se próximo dos mais necessitados na vida de comunidade. Por fim, nossa vida cristã, mais do que nunca, nos motiva mais uma vez a percebermos a dimensão comprometida de nossa fé. Não podemos ter uma fé apenas circunscrita à vida interna de Igreja, o grande convite é para efetivar essa fé no cotidiano da comunidade, de modo todo especial, quando nos pomos em uma Igreja em saída. Que a Palavra de Jesus dita no evangelho do Bom Samaritano sempre encontre eco em nossos corações “Vai e faze tu a mesma coisa” (Lc 10,37).
Que a Mãe das Dores sempre interceda por seu povo, nos ajudando a sempre mais ouvir a Palavra e colocá-la em prática a cada dia.
Um grande abraço e boas festas a todos e todas.


Pe. Felipe Ribeiro
Cartaz da festa. Arte de Felipe Barros

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Última reunião das comissões da festa

Última reunião das comissões da festa.
Equipe muito boa, muito dedicada.

PARTILHA DO NOSSO ÚLTIMO ESTUDO

Na última sexta-feira, dia 14 iniciamos na escola São Lucas de Animação Bíblica da Pastoral, iniciamos o estudo do livro do Apocalipse. Depois de uma bela introdução onde os participantes interagiram bem, fizemos uma abordagem sobre as sete bem-aventuranças que se encontram nesse livro.
As sete bem-aventuranças do apocalipse
O número sete tem uma grande importância no livro de Apocalipse. Ele é o número da perfeição. Não é sem propósito que temos sete bem-aventuranças neste precioso livro. Vejamos quais são:
1. Bem-aventurados os que lêem, ouvem e guardam as palavras da profecia (Ap 1.3) – Aqueles que lêem a Palavra, ouvem a Palavra e obedecem a Palavra são  verdadeiramente felizes. Na Palavra existe uma fonte de vida. A Palavra é melhor do que ouro depurado e mais doce que o mel. A Palavra é leite, carne, pão e mel. Ela nos instrui, nos ensina, nos corrige e nos consola. Por meio dela somos treinados para toda boa obra. Aqueles que dedicam seu coração ao exame, à observância e ao ensino da Palavra são bem sucedidos, ou seja, são como árvores plantadas junto às correntes das águas que no devido tempo dá o seu fruto e cuja folhagem não murcha.
2. Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor (Ap 14.13) – A morte não é uma tragédia para os filhos de Deus nem o fim da sua existência. Para uma pessoa salva, morrer é uma bemaventurança, pois aqueles que morrem no Senhor descansam de suas fadigas. Aqueles que morrem no Senhor deixam o corpo para habitar com Jesus. Aqueles que morrem no Senhor partem desta vida para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. A morte dos santos é preciosa aos olhos do Senhor.
3. Bem-aventurados aqueles que vigiam e guardam as suas vestes (Ap 16.15) – Aqueles que vivem cuidadosamente em santa piedade e retidão são as pessoas verdadeiramente felizes. Aqueles que guardam as suas vestes puras e incontaminadas não serão envergonhados quando o Senhor vier ou quando o Senhor os chamar. O mundo prega que a felicidade está na prática do pecado. O glamour do pecado reluz com grande sedução e muitos incautos caem nessa rede traiçoeira. Mas, a verdadeira felicidade está na santidade, na pureza, na vida de vigilância e santidade. Só os santos são verdadeiramente bem-aventurados e felizes!
4. Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das Bodas do Cordeiro (Ap 19.9) – Somente aqueles que foram lavados no sangue do Cordeiro, nasceram de novo, e são habitados e santificados pelo Espírito Santo entram nas bodas do Cordeiro e celebram com ele esta festa. Aqueles que apenas mantiveram as aparências como as cinco virgens néscias ficarão de fora deste banquete. Aqui está em foco a felicidade da salvação e íntima e profunda comunhão com Cristo por toda a eternidade. Aqueles que buscaram a felicidade nos banquetes do mundo serão lançados fora para as trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.
5. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição (Ap 20.6) – O contexto deste texto revela que a primeira ressurreição é aqui sinônimo de conversão. Converter-se a Cristo é sair da morte para a vida, da potestade de Satanás para Deus e do reino das trevas para o reino da luz. Pela conversão os mortos recebem vida abundante e eterna. Os salvos são aqueles que nasceram duas vezes: física e espiritualmente e morrerão apenas uma vez, fisicamente. Mas, aqueles que recusaram a graça nascerão apenas uma vez: fisicamente e morrerão duas vezes: sofrerão a morte física e também a morte eterna. Os salvos são as pessoas verdadeiramente felizes!
6. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras a profecia deste livro (Ap 22.7) – A bem-aventurança está diretamente ligada aqui à obediência. Conhecer sem obedecer é acumular juízo sobre si. O conhecimento nos responsabiliza. Mas, o conhecimento que produz obediência, que desemboca em mudança e produz ação positiva no Reino de Deus produz grande alegria. No céu só existirá uma categoria de pessoas: pessoas obedientes! Os rebeldes que taparam os ouvidos à voz de Deus e desprezaram sua Palavra não terão acesso à cidade santa, à nova Jerusalém. 
7. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro (Ap 22.14) – Lavar as vestiduras no sangue do Cordeiro é um termo que representa a justificação. Um outro alguém perfeito, santo, imaculado morreu em nosso lugar e em nosso favor e levou a nossa culpa e pagou o preço da nossa redenção. Pela justificação deixamos de ser réus e ganhamos o status de filhos. Agora, pelo sangue de Cristo, somos membros da família de Deus. Temos, então, o direito à árvore da vida e entraremos na cidade pelas portas. A verdadeira bem-aventurança não está em coisas, mas em Deus; a verdadeira felicidade está na bendita e gloriosa salvação em Cristo!


EVANGELHO DO DIA

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 20,1-16a
Naquele tempo:
Jesus contou esta parábola a seus discípulos:
1'O Reino dos Céus é como a história do patrão
que saiu de madrugada
para contratar trabalhadores para a sua vinha.
2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por
dia, e os mandou para a vinha.
3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo,
viu outros que estavam na praça, desocupados,
4e lhes disse: 'Ide também vós para a minha vinha!
E eu vos pagarei o que for justo'.
5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia
e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa.
6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde,
encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse:
`Por que estais aí o dia inteiro desocupados?'
7Eles responderam:
`Porque ninguém nos contratou'.
O patrão lhes disse:
`Ide vós também para a minha vinha'.
8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador:
`Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos,
começando pelos últimos até os primeiros!'
9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde
e cada um recebeu uma moeda de prata.
10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro,
e pensavam que iam receber mais.
Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata.
11Ao receberem o pagamento,
começaram a resmungar contra o patrão:
12`Estes últimos trabalharam uma hora só,
e tu os igualaste a nós,
que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro'.
13Então o patrão disse a um deles:
`Amigo, eu não fui injusto contigo.
Não combinamos uma moeda de prata?
14Toma o que é teu e volta para casa!
Eu quero dar a este que foi contratado por último
o mesmo que dei a ti.
15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero
com aquilo que me pertence?
Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?'
16aAssim, os últimos serão os primeiros,
e os primeiros serão os últimos.'
Palavra da Salvação.

Nós estamos acostumados com a forma de justiça que foi estabelecida pelos homens e, por causa disso, encontramos dificuldades para compreender a justiça divina, principalmente porque os principais critérios da justiça dos homens são a diferença entre as pessoas e a troca entre os valores enquanto que os principais critérios da justiça divina são a igualdade entre as pessoas e a gratuidade dos valores. Isso nos mostra que a lógica divina é totalmente diferente da lógica dos homens e que nós vivemos reivindicado valores que, na verdade, são valores humanos e que não nos conduzem a Deus. Também nos mostra o quanto todos nós somos comprometidos com os valores humanos e deixamos de lado os valores do Reino.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS 13.08.15

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 18,21-19,1
Naquele tempo: 
21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: 
'Senhor, quantas vezes devo perdoar, 
se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?' 

22Jesus respondeu: 
'Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 
23Porque o Reino dos Céus é como um rei 
que resolveu acertar as contas com seus empregados. 
24Quando começou o acerto, 
trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 
25Como o empregado não tivesse com que pagar, 
o patrão mandou que fosse vendido como escravo, 
junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, 
para que pagasse a dívida. 
26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, 
e, prostrado, suplicava: 
'Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo'. 
27Diante disso, o patrão teve compaixão, 
soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 

28Ao sair dali, 
aquele empregado encontrou um dos seus companheiros 
que lhe devia apenas cem moedas. 
Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: 
'Paga o que me deves'. 
29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: 
'Dá-me um prazo! e eu te pagarei'. 
30Mas o empregado não quis saber disso. 
Saiu e mandou jogá-lo na prisão, 
até que pagasse o que devia. 
31Vendo o que havia acontecido, 
os outros empregados ficaram muito tristes, 
procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 
32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: 
'Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, 
porque tu me suplicaste. 
33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, 
como eu tive compaixão de ti?' 
34O patrão indignou-se 
e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, 
até que pagasse toda a sua dívida. 
35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, 
se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.' 
19,1Ao terminar estes discursos, 
Jesus deixou a Galileia 
e veio para o território da Judéia além do Jordão. 
Palavra da Salvação. 
·         O que o texto diz?
Ainda estamos no capítulo 18 do evangelho de Mateus. E na perícope de hoje temos o encerramento de mais um discurso expresso no último versículo “e terminando estes discursos Jesus deixou a Galileia”.
À pergunta “matemática” de Pedro, Jesus responde no mesmo terreno, saltando de um número generoso a outro indefinido. E o explica com uma parábola que se compraz em contrastes extremos. Ofensas e dívidas, são dois símbolos que expressam a situação negativa do homem diante de Deus.
Mais uma vez diante da Pergunta Jesus cinta uma parábola. A Parábola tem o sentido profundo e pedagógico de abrir muitas possibilidades de interpretação, por meio da parábola, nos colocamos dentro da cena e sentimos, de algum modo, essa história atingindo a nossa vida.
O grande resumo dessa parábola estaria expresso no sentido de que uma vez perdoado, deveria imitar, em escala reduzida o exemplo do rei. A parábola de hoje nos mostra que a atitude de perdão é um exercício constante de evolução, vai-se perdoando aos poucos, vai se exercitando nessa dimensão até chegar ao ponto de o ‘perdão’ ser uma constante libertação na tua vida.    
·         O que o texto diz para mim?
Hoje em nossa vida temos uma concepção um pouco errada acerca do perdão. Quando falamos nessa dimensão logo escutamos expressões como estas: ‘eu perdoo, mais não esqueço’, ‘tá difícil voltar àquela amizade com aquela pessoa que me magoou’. Realmente, o perdão não é esquecer. Verdadeiramente, nem sempre é possível voltar ao mesmo nível de amizade com quem nos ofendeu, isso é uma grande arte.
A psicologia nos afirma que ninguém esquece nada, se tiramos do nosso consciente, logo mais isso se volta para o inconsciente. De modo que, perdoar não é esquecer, perdoar é lembrar aquela ofensa e isso não te causar mais dor. É um exercício constante de libertação pessoal das ofensas que por muito tempo nos machuca. Realmente precisamos dessa libertação para, livres irmos ao encontro do Senhor. Para que livres vivamos com vivacidade nossa vocação.
E todos nós sabemos que isso não é tão fácil e se torna ainda mais difícil quando a ofensa é grande. De modo que devemos em nossa oração colocar isso como matéria constante, a ponto de ser trabalhado, pouco a pouco, a luz do amor de Deus, essa profunda libertação em nossa vida.
·         O que o texto me faz dizer a Deus?
 Senhor, neste dia especial, em que me faz sentir a graça do teu amor, a graça da tua misericórdia, dai-me a graça de sentir o teu perdão pelas minhas ofensas, e, nessa atitude me colocar mais disponível a perdoar meus devedores. Rezemos o salmo de hoje
Salmo - Sl 113A,1-2. 3-4. 5-6
R. Aleluia
1Quando o povo de Israel saiu do Egito, *
e os filhos de Jacó, de um povo estranho,
2Judá tornou-se o templo do Senhor, *
e Israel se transformou em seu domínio. R.
3O mar, à vista disso, pôs-se em fuga, *
e as águas do Jordão retrocederam;
4as montanhas deram pulos como ovelhas, *
e as colinas, parecendo cordeirinhos. R.
5Ó mar, o que tens tu, para fugir? *
E tu, Jordão, por que recuas deste modo?
6Por que dais pulos como ovelhas, ó montanhas? *
E vós, colinas, parecendo cordeirinhos? R. 
·         Qual o meu novo olhar?
O olhar da misericórdia do Senhor. Me sentir, neste dia, tocado pela misericórdia a ponto de também perdoar aos meus devedores.





terça-feira, 11 de agosto de 2015

LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS 11.08.15

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 18,1-5.10.12-14
Naquele tempo: 
1Os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: 
'Quem é o maior no Reino dos Céus?' 
2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 
3e disse: 'Em verdade vos digo, 
se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, 
não entrareis no Reino dos Céus. 
4Quem se faz pequeno como esta criança, 
esse é o maior no Reino dos Céus. 
5E quem recebe em meu nome uma criança como esta, 
é a mim que recebe. 
10Não desprezeis nenhum desses pequeninos, 
pois eu vos digo que os seus anjos nos céus 
vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. 
12Que vos parece? 
Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, 
não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, 
para procurar aquela que se perdeu? 
13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, 
ficará mais feliz com ela, 
do que com as noventa e nove que não se perderam. 
14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus 
não deseja que se perca nenhum desses pequeninos. 
Palavra da Salvação. 
·         O que diz o texto?
Estamos no capítulo 18 do Evangelho de Mateus. Jesus já está se aproximando cada vez mais de Jerusalém. O lugar da entrega definitiva de Jesus, o lugar do sacrifício final de Jesus expresso na doação total em favor do Reino.
Nesse capítulo Mateus reúne aqui várias instruções para a comunidade. O tema central é atenção devida aos pequenos, necessitados, ofensores, extraviados.
Nessa mesma passagem entra um outro tema fundamental na vida da comunidade. Se por qualquer coisa um membro dessa comunidade se extraviou, a comunidade deve esforçar-se para recuperá-lo. A comparação da ovelha pode ser inspirada em Ezequiel 34.  
·         O que o texto diz para mim?
Nessa passagem do evangelho de Mateus está muito clara uma relação de privilégios na comunidade judaica da época. Uma relação de hierarquia onde existem alguns que não são levados em conta, especialmente meninos, “crianças”. Nesse sentido, não podemos esquecer de outros dois elementos fundamentais contidos nesse evangelho: a proximidade de Jerusalém, lugar da entrega, lugar da renúncia; e a pregação do reino de Deus, que na concepção de Jesus se dá na mesma entrega e renúncia. Tudo isso expresso na vida em comunidade.
Como eu, discípulo (a) de Jesus posso viver em sua comunidade, desejando ser seu seguidor e não abro meus olhos para as situações de exclusão na comunidade? E o que torna ainda mais grave, como eu posso viver nessa comunidade quando eu mesmo estabeleço, a partir dos meus critérios, elementos de exclusão? Com muita facilidade vamos criando nossas listas de hierarquia e vamos selecionando ao nosso bel prazer as pessoas da comunidade.
Outro tema bem difícil no evangelho de hoje é a busca pelo membro da comunidade que se perdeu. E se esse não faz parte do nosso círculo de afeto, ainda se torna mais fácil abandoná-lo. Na lógica da comunidade de Jesus as coisas precisam ser diferentes.
Esse evangelho de hoje me convida a rever as minhas atitudes para com os membros da comunidade, esse evangelho de hoje me convida e rever a minha atitude para com aqueles que se perdem.
·         O que o texto me faz dizer a Deus?
No princípio desse dia Senhor, quero te pedir a graça de fortalecer o meu bom senso na vida comunitária. Quero te pedir a graça, a enorme graça, de acolher, especialmente aqueles irmãos (as) que tenho a maior dificuldade de entender. Quero te pedir a graça de disponibilidade, especialmente para ir ai encontro daqueles que se perdem, daqueles que necessitam de um apoio na caminhada.
Queridos e queridas, rezemos o salmo de hoje:
Salmo - Dt 32,3-4a. 7. 8. 9.12 (R.9a)
R. A porção do Senhor é o seu povo.
3O nome do Senhor vou invocar; *
vinde todos e dai glória ao nosso Deus!
4Ele é a Rocha: suas obras são perfeitas. R.
7Recorda-te dos dias do passado *
e relembra as antigas gerações;
pergunta, e teu pai te contará, *
interroga, e teus avós te ensinarão. R.
8Quando o Altíssimo os povos dividiu *
e pela terra espalhou os filhos de Adão,
as fronteiras das nações ele marcou *
de acordo com o número de seus filhos; R.
9mas a parte do Senhor foi o seu povo, *
e Jacó foi a porção de sua herança.
12O Senhor, somente ele, foi seu guia, *
e jamais um outro deus com ele estava. R. 

·         Qual o meu novo olhar?

A partir da meditação dessa Palavra me vem o forte convite de vigilância perante minhas ações na comunidade. De estar atento as minhas manifestações de exclusão. Bem como a sensação de que fui muito negligente na busca daqueles que se perdem na comunidade. 

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS 06.08.15


Leitura Orante da Palavra de Deus 06.08.15
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 9,2-10
Naquele tempo:
2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João,
e os levou sozinhos a um lugar à parte
sobre uma alta montanha.
E transfigurou-se diante deles.
3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas
como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar.
4Apareceram-lhe Elias e Moisés,
e estavam conversando com Jesus.
5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus:
'Mestre, é bom ficarmos aqui.
Vamos fazer três tendas:
uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.'
6Pedro não sabia o que dizer,
pois estavam todos com muito medo.
7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra.
E da nuvem saiu uma voz:
'Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!'
8E, de repente, olhando em volta,
não viram mais ninguém,
a não ser somente Jesus com eles.
9Ao descerem da montanha,
Jesus ordenou que não contassem a ninguém
o que tinham visto,
até que o Filho do Homem
tivesse ressuscitado dos mortos.
10Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si
o que queria dizer 'ressuscitar dos mortos'.
Palavra da Salvação.
·         O que diz o texto?
Situando um pouco essa passagem da escritura podemos dizer que a transfiguração é um fato capital na vida de Jesus, um provisório desvelamento do mistério, por três testemunhas privilegiadas. Sobre essa fato, cada um dos  sinóticos, ao seu modo relata a experiência. O evangelista São João alude a essa glória. A segunda carta de Pedro toca também nesse assunto “não nos guiávamos por fábulas enganosas, mas tínhamos sido testemunhas de sua grandeza” (2Pd 1,16). De fato, o evangelista Marcos faz uma bonita releitura das grandes teofanias do Antigo Testamento, nos fazendo assim a contemplar nesse relatos alguns elementos já postos em Ex 24,4-9.
No relato é o próprio Jesus quem mostra sua glória no esplendor de suas vestes. Moisés e Elias tinham recebido revelações especiais de Deus, agora estes se tornam testemunhas da glória de Jesus. O que para a velha instituição era futuro esperado, é agora presente que atrai o passado e centraliza a história.  
O mais importante de tudo é o testemunho do Pai, que referenda o do Batismo. Trata-se da pessoa em quem se deve crer, e o ensinamento que se deve cumprir.
Para nossa leitura orante de hoje duas expressões que nos marcam profundamente. A primeira diz respeito a Pedro, cheio de medo, absorto contemplando o mistério: “Senhor é bom ficarmos aqui, vamos fazer três tendas, uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia bem o que estava vivendo, mas a experiência era muito bom de estar com essas pessoas no alto da montanha. Pedro deseja estender essa experiência.
A segunda grande expressão, a mais central desse texto, a saber, a voz do Pai: “Este é meu filho amado, escutai o que ele diz!”.
·         O que diz o texto para mim?
O texto de hoje nos mostra esse movimento de subida e de descida. Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu a montanha. Lá em cima acontece uma experiência forte de reconhecimento da glória de Jesus. Logo em seguida eles descem e devem continuar a missão. Nesse sentido surge uma pergunta no coração do discípulo de hoje que faz a leitura orante dessa Palavra. Podem os discípulos subirem a montanha e voltarem do mesmo jeito? Que tipo de mudanças eles podem ter sofrido?
Se hoje eu sou discípulo(a) de Jesus eu desejo com ele subir a montanha para fazer a mesma experiência com o Senhor. Nessa subida o que eu quero levar? com eu estou hoje. Que elementos da minha vida eu quero levar para a experiência da transfiguração?
Assim como os discípulos da primeira hora, eu não posso descer do mesmo jeito. Eu também quero descer tocado com os raios dessa transfiguração. Eu quero descer transfigurado dessa minha atual situação de vida. Assim como Pedro desejava estender a experiência mística do monte, hoje eu quero estender, aqui no chão da minha vida essa experiência mística com o Senhor Jesus Cristo.  
·         O que o texto me faz dizer a Deus?
No coração de discípulo, de discípula que medita a Palavra do Senhor e que se encontra com esse texto hoje, na festa da Transfiguração do Senhor, quero pedir ao Pai, cheio de amor e ternura, que me dê a graça de ressoar na minha vida esse grande pedido expresso nesse evangelho: ‘Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!'
Que no meu dia a dia, Senhor, eu consiga me colocar como discípulo (a) do Senhor na escuta atenta de seu filho. Que nas experiências do cotidiano eu consiga subir a montanha para essa experiência mística. Rezemos o salmo de hoje:
Salmo - Sl 96(97),1-2.5-6.9 (R. 1a.9a)
R. Deus é Rei, é o Altíssimo,
muito acima do universo.

1Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, *
e as ilhas numerosas rejubilem!
2Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, *
que se apoia na justiça e no direito. R.

5As montanhas se derretem como cera *
ante a face do Senhor de toda a terra;
6e assim proclama o céu sua justiça, *
todos os povos podem ver a sua glória. R.

9Porque vós sois o Altíssimo, Senhor, +
muito acima do universo que criastes, *
e de muito superais todos os deuses. R.

·         Qual o meu novo olhar?

Hoje, por meio dessa palavra eu ganho ânimo para subir a montanha, fazer minha experiência mística com o Senhor e voltar transfigurado para o meu cotidiano. 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS 05.08.15


Paróquia Nossa Senhora das Dores
Leitura Orante da Palavra de Deus 05.08.15
Mt 15,21-28
Naquele tempo:
21Jesus foi para a região de Tiro e Sidônia.
22Eis que uma mulher cananéia, vindo daquela região,
pôs-se a gritar:
'Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim:
minha filha está cruelmente atormentada por um
demônio!'
23Mas, Jesus não lhe respondeu palavra alguma.
Então seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram:
'Manda embora essa mulher,
pois ela vem gritando atrás de nós.'
24Jesus respondeu: 'Eu fui enviado somente
às ovelhas perdidas da casa de Israel.'
25Mas, a mulher, aproximando-se,
prostrou-se diante de Jesus, e começou a implorar:
'Senhor, socorre-me!'
26Jesus lhe disse: 'Não fica bem tirar o pão dos filhos
para jogá-lo aos cachorrinhos.'
27A mulher insistiu: 'É verdade, Senhor;
mas os cachorrinhos também comem
as migalhas que caem da mesa de seus donos!'
28Diante disso, Jesus lhe disse:
'Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!'
E desde aquele momento sua filha ficou curada.
Palavra da Salvação.
·         O que o texto diz?
Jesus vai com os seus discípulos numa região estrangeira. Lá se encontra “inconvenientemente” com uma mulher pagã, que o pede um favor em benefício de sua filha.
A mulher se põe atrás da caminhada de Jesus e “escandalosamente” suplica a Jesus a cura de sua filha. Os discípulos por sua vez censuram mais uma pessoa que aparentemente não pertence a “raça eleita de Israel”. A expressão dos discípulos é dura: “manda essa mulher ir embora”.
Não menos curiosa se apresenta a resposta de Jesus: “Não é justo tirar o pão da boca dos filhos para dar aos cachorrinhos. Muito estranho seria se esse evangelho terminasse aqui. No entanto, aqui não existe nada de estranho, esse evangelho segue a mesma lógica de muitas outras passagens, quando Jesus parece que deseja colocar a prova tanto os seus discípulos quando os que a Ele recorrem pedindo a graça. A resposta de Jesus leva a uma maturação da fé da mulher estrangeira.   
O evangelho não ficou incompleto, a mulher necessitada, não ficou incompleta na sua dignidade, a mulher Cananéia soube ser perseverante e incisiva no seu pedido: “é Senhor, mais os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos”.
A conclusão dessa passagem é muito significativa, especialmente quando Jesus afirma “mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!”
·         O que o texto diz para mim?
Essa passagem de hoje, assim como muitas citações do evangelho me mostra que a graça de Deus deve fluir. Que esta graça é muito maior que tudo na nossa vida. Muito maior que as nossas instituições, muito maior que os nossos desejos de querer controlar o benefício da graça, nos pondo como “fiscais” das benevolências de Deus. Muito maior do que os nossos preconceitos.
A atitude de Jesus para como essa mulher é uma atitude que possibilitou um grande crescimento. Esta mulher, inspiração para todos nós nesse dia, foi insistente no seu pedido, foi humilde na sua colocação e foi feliz na graça do Senhor.
A última expressão do evangelho é muito forte “mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!”
Um querer todo pautado pela confiança em Jesus, mesmo em situações tão adversas. Essa mulher nos prova que é valioso acreditar, que é valioso lutar contra tudo o que impede a graça fluir.
·         O que o texto me faz dizer a Deus?
Senhor, meu bom Pai que nesta manhã nos inspira como essa Palavra, dai-me forças, dai-nos força para enfrentar as barreiras que me impedem de chegar a ti. Dai-me a graça de ser perseverante na minha oração de súplica, dai-me a graça, nesse dia, de aumentar o dom da minha fé.
Rezemos irmãos e irmãs o salmo de hoje:

 Salmo - Sl 105,6-7a. 13-14. 21-22. 23 (R. 4a)

R. Lembrai-vos de nós, ó Senhor,
segundo o amor para com vosso povo!

6Pecamos como outrora nossos pais, *
praticamos a maldade e fomos ímpios;
7ano Egito nossos pais não se importaram *
com os vossos admiráveis grandes feitos. R.

13Mas bem depressa esqueceram suas obras, *
não confiaram nos projetos do Senhor.
14No deserto deram largas à cobiça, *
na solidão eles tentaram o Senhor. R.

21Esqueceram-se do Deus que os salvara, *
que fizera maravilhas no Egito;
22no país de Cam fez tantas obras admiráveis, *
no Mar Vermelho, tantas coisas assombrosas. R.

23Até pensava em acabar com sua raça, *
não se tivesse Moisés, o seu eleito,
interposto, intercedendo junto a ele, *
para impedir que sua ira os destruísse. R.

·         Qual o novo olhar a partir da Palavra de Deus?
Vamos deixar a graça de Deus fluir. Essa graça é para todas e todos os que dela se aproximam com o coração cheio de fé.