sábado, 20 de junho de 2015

MOMENTO COM A PALAVRA 21.06.15



+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 4,35-41
35Naquele dia, ao cair da tarde,
Jesus disse a seus discípulos:
'Vamos para a outra margem!'
36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo,
assim como estava na barca.
Havia ainda outras barcas com ele.
37Começou a soprar uma ventania muito forte
e as ondas se lançavam dentro da barca,
de modo que a barca já começava a se encher.
38Jesus estava na parte de trás,
dormindo sobre um travesseiro.
Os discípulos o acordaram e disseram:
'Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?'
39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar:
'Silêncio! Cala-te!'
O ventou cessou e houve uma grande calmaria.
40Então Jesus perguntou aos discípulos:
'Por que sois tão medrosos?
Ainda não tendes fé?'
41Eles sentiram um grande medo
e diziam uns aos outros:
'Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?'
Palavra da Salvação.
O evangelista São Marcos irá trabalhar em todo o seu evangelho com uma pergunta fundamental: “Quem é Jesus”? O grande objetivo da comunidade de Marcos, pelo qual esse evangelho foi escrito, é conhecer quem é Jesus. Na obra literária desse evangelho, especialmente nos primeiros capítulos, essa pergunta sempre vem a tona, até o momento em que Pedro na região de Cesaréia de Filipe responde que “Jesus és o Messias” (Mc 8,29). Quem é esse Jesus que a comunidade deseja se relacionar? É, sem dúvidas alguém que tem um poder extraordinário, a ponto de acalmar o mar, é alguém que tem o poder de transformar vidas, como afirma o Apóstolo Paulo na segunda leitura de hoje “portanto, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo” (2Cor 5,17).
Realmente é uma passagem do evangelho muito cheia de elementos significativos para a reflexão hodierna. A imagem do mar com tudo o que ele representa no contexto bíblico, embora sujeito ao domínio de Deus, permanece como uma realidade cheia de mistérios e perigos, como sua profunda simbologia de vida e de morte. Neste mar Jesus deseja navegar com os seus discípulos e aqui não podemos deixar de citar o significado que apresenta na Bíblia a barca. Ou seja, é consenso em muitos estudiosos que a barca nos evangelhos pode ser comparada com a imagem da Igreja peregrina nos tempos e na história.

No evangelho de hoje Jesus parece que deseja sentir qual será a reação de seus discípulos ao enfrentarem as tempestades da vida. Ensinando-nos uma grande lição na liturgia de hoje. Jesus não deseja nada a mais do que suscitar a fé nos seus discípulos. Por duas vezes no final do relato aparece a expressão “medo”, a saber, aquilo que se opõe a atitude de fé nos evangelhos, “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” (...) “Eles sentiram um grande medo”. Caríssimos irmãos e irmãs o grande pedido do evangelho de hoje é confiar na presença de Jesus na nossa “embarcação”, percebendo que as dificuldades sempre aparecem, no entanto, podemos contar com a presença do Mestre na nossa embarcação.
   

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