O tempo do
advento
A palavra "advento" quer dizer "que está para vir". O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.
O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de
Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro
domingos.
Esse Tempo possui duas
características: As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de dezembro, visam
em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus
entre nós. Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a
segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da
história, no final dos tempos. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de
piedosa e alegre expectativa.
Teologia do
Advento:
O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo. Ao serem aprofundados os textos litúrgicos desse tempo, constata-se na história da humanidade o mistério da vinda do Senhor. Jesus que de fato se encarna e se torna presença salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo o Reino (Mc 1,15) . O Advento recorda também o Deus da revelação, Aquele que é, que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando a salvação mas cuja consumação se cumprirá no "dia do Senhor", no final dos tempos.
O caráter missionário do Advento se manifesta
na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a
manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são
exemplos concretos da missionariedade de cada cristão, quer preparando o
caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para o santificar. Não se
pode esquecer que toda a humanidade e a criação vivem em clima de advento, de
ansiosa espera da manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus.
A celebração do Advento é,
portanto, um meio precioso e indispensável para nos ensinar sobre o mistério da
salvação e assim termos a Jesus como referencia e fundamento, dispondo-nos a
"perder" a vida em favor do anúncio e instalação do Reino.
A espiritualidade do advento
A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos
valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a
esperança, a pobreza, a conversão.
Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre
expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo
que se espera acontecerá com certeza.
Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício,
passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é
a esperança de Israel já realizada em Cristo, mas que só se consumará
definitivamente na parusia do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico
nesse tempo é "Maranatha"! Vem Senhor Jesus!
O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.
O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.
O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno
de todo o ser a Cristo não há como viver a alegria e a esperança na expectativa
da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" nas
nossas próprias vidas, "lutando até o sangue" contra o pecado,
através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.
No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus (e não dos bens terrenos), que tem n'Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.
No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus (e não dos bens terrenos), que tem n'Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.
http://www.saomiguelsd.com/doc/formacao/o_tempo_do_advento.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário