PÓS-GRADUAÇÃO EM ANIMAÇÃO BÍBLICA DA PASTORAL
– CIDADE DE GOIÁS – DIOCESE DE GOIÁS
Metodologia e hermenêutica bíblica –
Francisco Orofino – 20.01.15
apontamentos de aula
Existem muitas formas de interpretação da Palavra de Deus da mesma forma que há uma numerosidade escolas bíblicas. Para nossa reflexão vale a pena citar uma pedagogia bíblica bem conhecida, a saber, o CEBI que visa uma educação popular bíblica.
de imediato uma pergunta salta aos nossos olhos: O que significa ser católico? As
interpretações que você faz, são objetivas ou subjetivas?
Eu
sou o primeiro referencial do ponto de vista de referencial interpretativo
(existem escolas bíblicas que tentam eliminar o subjetivo dentro da
reflexão).
Impedir
como o seu eu patológico se feche no seu ego. Falar o que eu quero afirmando ser palavra de Deus – isso é o máximo de patologia.
|
O que está determinando a sua
interpretação? As coisas são como ela
são ou como eu quero que elas sejam.
Leituras fundamentalistas são muletas, haja vista nesse processo o que está prevalecendo é o
seu EU PATOLÓGICO.
O social – somos frutos de uma
cultura. Aqui você pode pedir ajuda da economia, pegar noções de antropologia, especialmente uma antropologia
cultural. Para
alguns setores europeus o Brasil faz apenas uma leitura sociológica. A
interpretação bíblica não depende de sua cabeça, mas dos seus pés onde você
pisa. A teologia que sustenta nossa interpretação deve ser a interpretação da
encarnação.
O grande objetivo desse curso é trabalhar a hermenêutica numa
perspectiva eclesial. Trabalhar o processo hermenêutico que se instalou na
Igreja Católica, pós Vaticano II, e anterior a esse período. O que vemos hoje é
tensão de postura hermenêutica entre as tradições postas em Trento e as
tradições renovadas no Vaticano II. Exemplo: A missa – muitas
posturas de tensão relacionadas à missa. A missa como sacrifício é de Trento, e
o principal agente é o padre. A missa vista do ponto de vista do Vaticano II é
refeição. O principal agente agora é a assembléia. Hoje existe uma tensão entre
Trento e Vaticano
II.
O Vaticano II vai pedir que a
Igreja local comece a construir seu próprio rosto. Isso acaba com a face
europeia que domina todo o mundo. Essa empreitada se torna mais viável na
América Latina.
O grande eixo do Vaticano II é a descolonização. Aqui
entra a linha de interpretação da Bíblia. De fato, Pra valer a descolonização entrou na
pauta da Igreja (uma Igreja com o rosto local).
O segundo eixo é descentralização – existe
outra grande tensão entre centralização e descentralização (O grande jogo de
tentativa de centralização foi o esvaziamento do sínodo dos bispos). A nossa
leitura bíblica deve reforçar o processo de descentralização.
O terceiro eixo do Vaticano II fala da desclericalização – Para o
papa Francisco a desclericalização se fará por três caminhos: comunidades
eclesiais de base; círculos bíblicos e ministérios leigos. O primeiro passo
para a concretização desse processo foi a quebra do monopólio teológico. Tudo
isso só foi possível com a quebra do monopólio da Bíblia (a Bíblia na mão do laicato). Esse
processo em si é anterior ao Vaticano II, uma preparação que vem desde os anos
50, especialmente na América Latina.
O que significa teologicamente
colocar a Bíblia na mão do leigo? Significa colocar a fonte primeira da teologia na
mão do laicato. Não basta
só colocar a Bíblia na mão do laicato se você não oferece método. Daí a segunda
parte da desclericalização deve ser método de leitura. De modo que os dois grande pedidos do Vaticano II foi:
·
Quebra do monopólio
teológico;
Criar métodos de
leitura;
|
Muito bom!
ResponderExcluir- É importante fazer crescer essa consciência nos sacerdotes, religiosos e fiéis leigos, encorajando e vigiando para que cada um possa sentir-se motivado a agir segundo a Palavra de Deus.