sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

APONTAMENTOS DE AULA - TÓPICOS DA HISTÓRIA DE ISRAEL

Animação Bíblica da Pastoral – Diocese de Goiás
Literatura sapiencial – 23.01.15

Professos: Celso Carpenedo
Em primeiro momento a tentativa de situar um Pouco a história de Israel para logo em seguida Tentar contextualizar melhor a literatura Sapiencial.
  • ·         Formação do povo de Deus;
  • ·         Monarquia e profetismo;
  • ·         Exílio e pós exílio;

Lembrando um pouco a história de Israel dentro desses aspectos:
Formação do povo de Deus – As primeiras tribos que formam o território de Israel. Ganha destaque o chamado de Abrão dentro desse processo histórico.
Diferente do que, muitas vezes, imaginamos, o povo de Israel se formou com a junção de vários grupos provindos de diferentes locais. Essa parece ser a teoria mais aceita hoje sobre a formação de Israel. Muitos estudiosos da Bíblia apresentam quatro grupos principais que formaram o “povo de Deus ou povo de Israel”: nativo, abraâmico, mosaico e sinaítico. Consideramos esses como sendo os principais, mas não excluem a possibilidade de outros de menor importância. Assim Israel se formou como povo pelos camponeses que viviam em Canaã e pelos grupos que vieram de outras localidades vizinhas.
GRUPO NATIVO: formado por grupos de pastores e agricultores que já residiam nas terras de Canaã. Com o surgimento das cidades-estados, começam a viver em situação de escravidão; por isso, fogem para as montanhas, escapando dos impostos e de perseguições. Mais tarde, integram-se a outros grupos vindos de diversos locais.
GRUPO ABRAÂMICO: é o grupo ligado aos patriarcas ou pais bíblicos, principalmente Abraão, do qual deriva o nome. Em geral, são pastores seminômades, que mudavam frequentemente de lugar, em busca de pastagens para seu rebanho miúdo, ovelhas e cabras. Ele poderia ser incluído no grupo nativo, mas devido à sua importância e a grande mobilidade é considerado um grupo.
GRUPO MOSAICO: é o grupo liderado por Moisés, do qual deriva o nome. Talvez seja o grupo mais expressivo que formou o povo de Israel. É o grupo que fugiu da escravidão do Egito, liderado por Moisés e Josué. Não eram nômades nem seminômades, mas eram trabalhadores escravizados pelo faraó, rei do Egito.
GRUPO SINAÍTICO: formado por beduínos, pertencentes às tribos que viviam no deserto. Provavelmente vieram do sul do mar Morto, região de Madiã, e se estabeleceram nas regiões montanhosas de Canaã. Diferente do abraâmico, pois era formado por extrapalestinenses. Alguns estudiosos o incluem junto ao mosaico.
A primeira organização tribal necessita de uma melhor estruturação do da vida social: Período Monárquico e período profético – Os profetas como guardiões da aliança. Só pode haver profetismo dentro de uma sociedade organizada.
Resumidamente teríamos as seguintes etapas:
Saída do Egito e travessia do deserto (meados do século XIII) – Os grupos que se estabeleceram no Egito, com o passar do tempo, foram obrigados pelos faraós aos trabalhos forçados. Neste momento de opressão surge um personagem fundamental, Moisés, a quem Deus confia a missão de libertar seu povo.
Assentamento na Palestina – final do séc. XIII – Depois da travessia do deserto (onde o acontecimento capital é a aliança do Sinai), chega-se à estepe de Moab, diante da terra prometida. Após a morte de Moisés, Josué assume o comando, cruza o Jordão, conquista Jericó e aos poucos vai-se apoderando da Palestina.
A época dos juízes (1200 – 1020) – três características marcam esse período. Primeiro, a  falta de coesão política (cada tribo se organiza independentemente). Segundo, uma profunda mudança na forma de vida (o povo se torna mais sedentário). Terceiro, a contínua ameaça dos povos vizinhos, sobretudo dos filisteus.
A monarquia unida (1020 – 931) – Alguns pensavam que a monarquia era um atentado a Deus, único rei de Israel, e se opõem decididamente a ela. Apesar das oposições, Saul foi eleito rei e livra o povo da ameaça dos filisteus, pelo menos provisoriamente. No final do seu reinado, porém, foi derrotado pelos filisteus na batalha de Gelboé. 
A Saul sucede Davi. Primeiro ele foi escolhido rei do sul. Só depois de sete anos as tribos do norte pedem-lhe que reine também sobre elas. Foi ele quem conquistou e constituiu Jerusalém como capital do seu reino. Também ele terminou de conquistar as cidades cananéias e as anexou ao seu reino. Realizou uma política expansionista, submetendo os povos vizinhos.

A sucessão de Davi é marcada por uma série de intrigas e derramamento de sangue entre seus próprios filhos. Sucede-lhe Salomão que reina quarenta anos (971 – 931). Este reinado é um dos momentos mais gloriosos da história de Israel. Salomão deixou de lado as guerras e realizou grandes construções. Mas, com o passar do tempo, ele obrigou o povo aos trabalhos pesados e colocou muitos impostos sobre o povo. Com isso, houve uma certa insatisfação, sobretudo nas tribos do norte, as quais não aceitam o filho de Salomão (Roboão) como rei. Acontece o fim da monarquia unida.

Os dois reinos (931 – 586)
 – Com o fim da monarquia unida, passam a existir dois reinos: o do norte (Israel) e o do sul (Judá). O do norte desaparece da história em 722, quando Salmanasar V, da Assíria, o conquista. Em seus 209 anos de existência, Israel teve nove dinastias e 19 reis, dos quais sete foram assassinados e um suicidou. Judá, que conseguiu sobreviver até 586, em 345 anos de existência teve somente uma dinastia (a de Davi) e 21 monarcas.
O exílio (586 – 538) – Em 597 acontece a primeira deportação para a Babilônia, a qual conquista definitivamente Jerusalém em 586 e deporta numerosos judeus para a Mesopotâmia. Começa, então, o período mais triste, só comparável à opressão do Egito.
O período persa (538 – 333) – O pesadelo do desterro termina no ano 538, quando Ciro, rei da Pérsia, conquista a Babilônia e promulga um decreto libertando todos os cativos e permitindo-lhes a volta à Palestina. O povo continua sem liberdade política, dominado pelos novos senhores do mundo antigo, os persas.

O período helenista (333 – 63) – Este período vai desde a conquista da Palestina por Alexandre Magno até a conquista de Jerusalém por Pompeu. Depois da morte de Alexandre, seu império foi dividido em quatro partes. As que interessam aos judeus são Egito (governado pelos Lágidas) e Síria (dominada pelos Selêucidas). A Palestina foi dominada pelos Lágidas no século III e pelos Selêucidas no século II. Nessa época aconteceu a revolta dos Macabeus.

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