sábado, 4 de outubro de 2014

REUNIÃO COM AS COMUNIDADES 04.10.14

RENOVAÇÃO DA PARÓQUIA: URGÊNCIA DOS TEMPOS ATUAIS

“As paróquias têm um papel fundamental na evangelização e precisam tornar-se sempre mais comunidades vivas e dinâmicas de discípulos missionários de Jesus Cristo” (DGAE, nº 154).

Há alguns anos estamos vivendo um processo de renovação da instituição paroquial. O papa João Paulo II, em 1999, no Sínodo para as Américas, chamava a atenção sobre a urgência de repensar a significativida de da presença da Igreja-paróquia nas cidades . Dizia: “merecem uma especial atenção, pela sua problemática específica, as paróquias nos grandes aglomerados urbanos, onde as dificuldades são tão grandes que as normais estruturas pastorais vêm a ser inadequadas e as possibilidades de ação apostólica notavelmente reduzidas”.

De certa forma, o processo de renovação das paróquias ainda é muito lento. Nossos modelos de pastoral, método, gestão, testemunho e linguagem necessitam de urgente revisão.

                As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil trazem notável contribuição nessa direção.

PISTAS DE AÇÃO A PARTIR DAS DGAE
1- COMUNHÃO COM A IGREJA: as DGAE convocam as paróquias a caminhar em sintonia com as propostas da Igreja no Brasil. E neste momento em que o Espírito de Deus a inspira toda a Igreja a “avançar para águas mais profundas”, também queremos “lançar as redes”! Não se trata de “mudar por mudar”, mas de docilmente deixar-se conduzir pelo Espírito, de estar atento aos sinais dos tempos e de acreditar que o Senhor caminha conosco.

2- COMUNIDADE ABERTA: um dos aspectos que devem marcar a renovação de uma paróquia é a abertura à participação de todos! Sua vocação é ser  “comunidade aberta”. Cada um deve ser um canal de comunicação com os outros, convidar para participar, divulgar as atividades da comunidade, testemunhar o que “vimos e ouvimos”!

3- ATENDIMENTO DIVERSIFICADO: a significatividade da presença da Igreja se caracteriza também pela qualidade do serviço que ela for capaz de oferecer às pessoas e na sua capacidade de acolher a todos. Fomos formados na mentalidade de que a Igreja só oferece “serviços espirituais”. A renovação de uma paróquia deve se destacar pelo atendimento diversificado, também na linha da orientação e atendimento às necessidades reais das pessoas.

4- SINAL DE ESPERANÇA: numa sociedade marcadamente individualista, uma comunidade aberta e renovada em suas estruturas e serviços, pode ser uma grande esperança para as pessoas de hoje. Pode formar comunitariamente, oferecer ajuda à vida familiar, tornar-se “casa de encontro e de comunhão”, superar a condição do anonimato, acolher as pessoas e ajudá-las em suas necessidades básicas.

5- EVANGELIZAÇÃO MAIS PESSOAL: as propostas de dinamização da pastoral sacramental, de organização da Catequese de Iniciação em pequenos grupos, privilegiando o diálogo e a reflexão em torno da Palavra de Deus, o investimento na Catequese com adultos fora da perspectiva sacramental e o impulso na setorização, podem nos levar a um processo de evangelização mais pessoal, que privilegie o encontro entre as pessoas, o fortalecimento dos laços fraternos e o crescimento na fé e na caridade.

6- PARTICIPAÇÃO ATIVA: “É necessário que a Igreja do Terceiro Milênio estimule todos os batizados e crismados a tomarem consciência de sua responsabilidade ativa na vida eclesial”. Com estas palavras, na carta “No Início do Novo Milênio” (nº 148), o Papa João Paulo II chamava a atenção do papel de todos na dinamização da ação evangelizadora da Igreja nos novos tempos. O modelo de paróquia que conhecemos é o do Concílio de Trento (1545-1563), centralizador, onde o padre assumia sozinho todas as tarefas. Agora é a vez dos leigos! A paróquia renovada necessita da colaboração de todos. Mais do que “agentes de pastoral”, os leigos são “animadores da vida pastoral e evangelizadora” da paróquia!

7- NOVA FIGURA DO PASTOR: uma paróquia renovada requer uma nova figura de pastor. As DGAE acentuam que no processo formativo dos futuros padres “é indispensável assumir uma pedagogia que valorize e ponha em destaque o novo jeito de viver coordenar a comunidade e sua missão evangelizadora” (cf. nº 175). Para que a paróquia seja expressão de fé e de amor, é necessário que todos, pastor e fiéis, cultivem, no dia-a-dia, a espiritualidade da comunhão.

8- ESPÍRITO MISSIONÁRIO: o momento que vivemos na Igreja em nosso Continente é propício para “ir ao encontro” dos irmãos afastados. É momento da graça! Sem grande técnicas ou projetos, mas com a simplicidade de quem encontra em Jesus Cristo a motivação para evangelizar: fazer da comunidade a casa da família em que os que chegam são acolhidos e amados, “porque estamos entre irmãos”!

As DGAE anteriores (doc. 71 CNBB) concluiam assim: “Neste caminho, acompanha-nos a Virgem Santíssima. Caminhando conosco vai o Peregrino de Emaús, aquecendo nossos corações com suas palavras e deixando-se reconhecer ao partir o Pão, tornando-nos testemunhas que correm junto aos irmãos, levando-lhes o grande anúncio: Vimos o Senhor!” (DGAE, nº 211).


Um comentário:

  1. PARABÉNS! FORMAÇÃO NECESSÁRIA E MUITO BEM PREPARADA!
    VERDADEIRAMENTE IMPERIOSA PARA A CONSTRUÇÃO EFICAZ DO REINO DE DEUS EM NOSSA PARÓQUIA.
    UNIDA EM ORAÇÕES: EURENI

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