RENOVAÇÃO
DA PARÓQUIA: URGÊNCIA DOS TEMPOS ATUAIS
“As paróquias têm um
papel fundamental na evangelização e precisam tornar-se sempre mais comunidades
vivas e dinâmicas de discípulos missionários de Jesus Cristo” (DGAE, nº 154).
Há alguns anos estamos vivendo
um processo de renovação da instituição paroquial. O papa João Paulo II,
em 1999, no Sínodo para as Américas, chamava a atenção sobre a urgência de
repensar a significativida de da presença da Igreja-paróquia nas cidades .
Dizia: “merecem uma especial atenção, pela sua problemática específica, as
paróquias nos grandes aglomerados urbanos, onde as dificuldades são tão grandes
que as normais estruturas pastorais vêm a ser inadequadas e as possibilidades
de ação apostólica notavelmente reduzidas”.
De certa forma, o processo
de renovação das paróquias ainda é muito lento. Nossos modelos de pastoral,
método, gestão, testemunho e linguagem necessitam de urgente revisão.
As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja
no Brasil trazem notável contribuição nessa direção.
PISTAS DE AÇÃO A
PARTIR DAS DGAE
1- COMUNHÃO COM A
IGREJA: as DGAE convocam as paróquias
a caminhar em sintonia com as propostas da Igreja no Brasil. E neste momento em
que o Espírito de Deus a inspira toda a Igreja a “avançar para águas mais
profundas”, também queremos “lançar as redes”! Não se trata de
“mudar por mudar”, mas de docilmente deixar-se conduzir pelo Espírito, de estar
atento aos sinais dos tempos e de acreditar que o Senhor caminha conosco.
2- COMUNIDADE ABERTA: um dos aspectos que devem marcar a renovação de uma
paróquia é a abertura à participação de todos! Sua vocação é ser “comunidade aberta”. Cada um deve ser
um canal de comunicação com os outros, convidar para participar, divulgar as
atividades da comunidade, testemunhar o que “vimos e ouvimos”!
3- ATENDIMENTO
DIVERSIFICADO: a significatividade da
presença da Igreja se caracteriza também pela qualidade do serviço que ela for
capaz de oferecer às pessoas e na sua capacidade de acolher a todos. Fomos
formados na mentalidade de que a Igreja só oferece “serviços espirituais”.
A renovação de uma paróquia deve se destacar pelo atendimento diversificado,
também na linha da orientação e atendimento às necessidades reais das
pessoas.
4- SINAL DE ESPERANÇA: numa sociedade marcadamente individualista, uma
comunidade aberta e renovada em suas estruturas e serviços, pode ser uma grande
esperança para as pessoas de hoje. Pode formar comunitariamente, oferecer ajuda
à vida familiar, tornar-se “casa de encontro e de comunhão”, superar a
condição do anonimato, acolher as pessoas e ajudá-las em suas necessidades
básicas.
5- EVANGELIZAÇÃO MAIS
PESSOAL: as propostas de dinamização
da pastoral sacramental, de organização da Catequese de Iniciação em pequenos
grupos, privilegiando o diálogo e a reflexão em torno da Palavra de Deus, o
investimento na Catequese com adultos fora da perspectiva sacramental e o
impulso na setorização, podem nos levar a um processo de evangelização
mais pessoal, que privilegie o encontro entre as pessoas, o fortalecimento dos
laços fraternos e o crescimento na fé e na caridade.
6- PARTICIPAÇÃO ATIVA: “É necessário que a Igreja do Terceiro Milênio
estimule todos os batizados e crismados a tomarem consciência de sua
responsabilidade ativa na vida eclesial”. Com estas palavras, na carta “No
Início do Novo Milênio” (nº 148), o Papa João Paulo II chamava a
atenção do papel de todos na dinamização da ação evangelizadora da Igreja nos
novos tempos. O modelo de paróquia que conhecemos é o do Concílio de Trento
(1545-1563), centralizador, onde o padre assumia sozinho todas as tarefas.
Agora é a vez dos leigos! A paróquia renovada necessita da colaboração de
todos. Mais do que “agentes de pastoral”, os leigos são “animadores da vida
pastoral e evangelizadora” da paróquia!
7- NOVA FIGURA DO
PASTOR: uma paróquia renovada requer
uma nova figura de pastor. As DGAE acentuam que no processo formativo dos
futuros padres “é indispensável assumir uma pedagogia que valorize e ponha
em destaque o novo jeito de viver coordenar a comunidade e sua missão
evangelizadora” (cf. nº 175). Para que a paróquia seja expressão de fé e de
amor, é necessário que todos, pastor e fiéis, cultivem, no dia-a-dia, a
espiritualidade da comunhão.
8- ESPÍRITO MISSIONÁRIO: o momento que vivemos na Igreja em nosso Continente
é propício para “ir ao encontro” dos irmãos afastados. É momento da graça! Sem
grande técnicas ou projetos, mas com a simplicidade de quem encontra em Jesus Cristo a
motivação para evangelizar: fazer da comunidade a casa da família em que os que
chegam são acolhidos e amados, “porque estamos entre irmãos”!
As DGAE anteriores (doc. 71
CNBB) concluiam assim: “Neste
caminho, acompanha-nos a Virgem Santíssima. Caminhando conosco vai o Peregrino
de Emaús, aquecendo nossos corações com suas palavras e deixando-se reconhecer
ao partir o Pão, tornando-nos testemunhas que correm junto aos irmãos,
levando-lhes o grande anúncio: Vimos o Senhor!” (DGAE, nº 211).
PARABÉNS! FORMAÇÃO NECESSÁRIA E MUITO BEM PREPARADA!
ResponderExcluirVERDADEIRAMENTE IMPERIOSA PARA A CONSTRUÇÃO EFICAZ DO REINO DE DEUS EM NOSSA PARÓQUIA.
UNIDA EM ORAÇÕES: EURENI