DIMENSÃO CASEIRA DA FÉ
As simples e profundas
mensagens do Papa Francisco está convocando a Igreja Católica e desafiando a
sociedade para a ousadia da fé, à luz da “dimensão caseira de Jesus Cristo”.
O documento de estudos da CNBB,
nº 104, aprovado em abril de 2013, intitulado “Comunidade de Comunidades: uma
nova paróquia”, ressalta, no primeiro capítulo, o jeito revolucionário de Jesus
Cristo. O documento lembra que "o Filho de Deus apresentou-se como o Bom
Pastor (cf. Jo 10,11), revelando um novo jeito de cuidar das pessoas. O
ambiente da casa exerceu na atividade de Jesus um papel central.
Não se tratara somente da casa
material nem da família, mas, sobretudo, da comunidade. Durante os três anos em
que andou pela Galileia, Ele visitou as pessoas. Entrou na casa de Pedro (cf.
Mt 8,14), de Mateus (cf. Mt 9,10), de Zaqueu (cf. Lc 19,5), entre outros. O
povo o procurava na casa Dele (cf. Mt 9,28; Mc 1,33). Quando ia a Jerusalém,
Jesus parava em Betânia, na casa de Marta, Maria e Lázaro (cf. Jo 11,3). Ao
enviar os discípulos, deu-lhes a missão de entrar nas casas do povo e levar a
paz (cf. Mt 10,12-14).
Jesus transmite a Boa-Nova: nas
sinagogas, aos sábados (cf. Mc 1, 21); em reuniões informais na casa de amigos
(cf. Mc 2, 1.15); andando pelo caminho com os discípulos (cf. Mc 2,23); e
sentado num barco (cf. Mc 4,1). Ele vai ao encontro das pessoas, estabelecendo
com elas uma relação direta através da prática do acolhimento. Ele propõe um
caminho de vida: "Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados
de fardos e eu vos darei descanso" (Mt 11,28).
Jesus tem um cuidado muito
especial com os doentes (cf. Mc 1,32). A doença era considerada, naquele tempo,
um castigo divino. Por isso, os doentes eram afastados do convívio social,
vivendo de esmola. Jesus, entretanto, tem um novo olhar sobre eles. Toca-os
para curá-los tanto da lepra como da exclusão. Com essa atitude, assumira,
conscientemente, uma marginalização social, por ter tocado o leproso, a ponto
de já não poder entrar nas cidades (cf. Mc 1,45).
Jesus anuncia o Reino para
todos. Não exclui ninguém. Oferece um lugar aos que não tinham lugar na
convivência humana. Recebe como irmão e irmã os que a religião e a sociedade
desprezavam e excluíam: prostitutas e pecadores (cf. Mt 21,31-32); pagãos e
samaritanos (cf. Lc 7,2-10); leprosos e possessos (cf. Mt 8,2-4;); mulheres,
crianças e doentes (cf Mc 1,32;); publicanos e soldados (cf Lc 18,9-14); e
muitas pessoas necessitadas (cf Mt 5,3).
Jesus supera as barreiras de
sexo, de religião, de etnia e de classe social. Ele não se fecha dentro da sua
própria cultura, mas sabe reconhecer as coisas boas que existem em todas as
pessoas (cf. Estudos da CNBB. 104).
Com certeza...
ResponderExcluirComo diz Paulo Master: "A verdadeira felicidade vem da humildade e do
reconhecimento que sozinhos somos muito pouco
ou quase nada, e a vida somente se completa com
o real sentimento de amor ao próximo!"