Por que estamos nessa...
Ficou do mesmo jeito, na cabeça do jovem... E ai
ele perguntou: “E o que é experimentar Deus?”. E o mestre explicou: “Experimentar
Deus é cheirar a Deus!”.
Piorou! O nó se apertou na cabeça do jovem... E ele
ousou ainda perguntar: “Mas... O que é cheirar a Deus?”.
E foi então que o mestre contou uma parábola:
“Um dia, Deus se aproximou de uma pessoa e deu para
ela um pequeno vidro, contendo a sua divindade, a sua Graça. A pessoa ficou
encantada! Naquele vidro, em suas mãos, ela tinha a divindade, a Graça de Deus,
o próprio Deus! E quase não podia acreditar... e suas mãos quase não conseguiam
tocar aquela preciosidade! Correu para casa, arrumou um fio de ouro, pendurou
nele o vidro sagrado e o colocou religiosamente no pescoço, como um adorno
poderoso que pudesse ostentar onde andasse.
Aconteceu depois que Deus ofereceu outro vidro
igual a uma outra pessoa. Também ela ficou extasiada e seu coração não podia
conter a sensação profunda de estar toando a essência de Deus em suas mãos! Correu
para casa e preparou um altar de rara beleza, ornou-o de pedras preciosas e
quadros valiosos, acendeu velas e incenso, para que aquele vidro que continha o
próprio Deus pudesse ser adorado.
O mesmo vidro foi oferecido por Deus a uma outra
pessoa. O fascínio foi tão grande, que esta terceira pessoa não aguentou de
curiosidade e a sua ansiedade a fez correr para o laboratório e aí ficou
analisando aquele vidro, refletindo, tirando conclusões e elaborando discursos
a respeito da natureza do vidro que continha o próprio Deus.
Uma quarta pessoa foi presenteada por Deus com um
vidro igual. Também essa pessoa ficou seduzida e fascinada pelo mistério que
estava tocando... mas, logo esta quarta pessoa abriu o vidro, derramou-o na sua
cabeça, respirou fundo sentindo o perfume que se derramava sobra ela... E saiu
por ai, espalhando aquele perfume por onde passava”. [CUNHA, Domingos.
Meditação Cristã, uma oração integradora. Paulus, 2006].
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